quinta-feira, 16 de julho de 2009

Hoje é Tempo de Ser Feliz!


A vida é fruto da decisão de cada momento.
Talvez seja por isso, que a idéia de plantio
seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar.
É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra
de nossa existência as mais diversas formas de sementes.
Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente
que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora
silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,
será plantação que poderá ser vista de longe...
Para cada dia, o seu empenho.
A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que
"debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"
Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado.
As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva,
as leituras que você faz, os valores que você abraça,
os amores que você ama, tudo será determinante
para a colheita futura. Felicidade talvez seja isso:
alegria de recolher da terra que somos,
frutos que sejam agradáveis aos olhos!
Infelicidade, talvez seja o contrário.
O que não podemos perder de vista
é que a vida não é real fora do cultivo.
Sempre é tempo de lançar sementes...
Sempre é tempo de recolher frutos.
Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem,
frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!
Por isso, não perca de vista
o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra.
Cuidado com os semeadores que não lhe amam.
Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.
Cuidado com os semeadores que você não conhece.
Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...
Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você,
afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.
Cuidado com os amores passageiros...
eles costumam deixar marcas dolorosas
que não passam... Cuidado com os invasores do seu corpo...
eles não costumam voltar para ajudar a consertar
a desordem... Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar...
eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...
Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por
aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...
Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos...
elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.
Não tenha medo de se olhar no espelho.
É nessa cara que você tem,
que Deus resolveu expressar mais uma vez,
o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você,
ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.
Não coloque um ponto final nas suas esperanças.
Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar,
e o que amar nessa vida. Ao invés de ficar parado
no que você fez de errado,
olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...
A vida ainda não terminou.
E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."
Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.
Deus resolveu reformar o mundo,
e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.
Isso prova que Ele ainda acredita em você.
E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Educador e a Educação...


A educação verdadeira começa com o pai ou o educador, que deve primeiramente compreender-se, ver a si mesmo, como é e age, em casa e na rua, e então livrar-se dos padrões que criam os comportamentos desajustados, tudo aquilo que não educa. Isso é fundamental, porque aquilo que eles são como adultos, inseridos nessa cultura social, ou nação, com seus vícios, seus hábitos, suas crenças, isso, eles transmitem para seus filhos e educandos. Se ele, o adulto, não for educado corretamente, o que pode dar para seus educandos senão aquilo no qual ele próprio crê, ou prefere? E os seus pontos de vista, as conclusões e conjunto de valores que já fazem parte do seu caráter? O problema não é então educar a criança, mas educar o educador. Isso vale para os pais ou qualquer outro que se proponha a ensinar, ou constituir família.
Vejam quantos anos e rigor se exige para que um advogado, engenheiro, ou outro profissional qualquer, seja autorizado a exercer sua função. No entanto, para se exercer a função de pai, falamos do casal, que deveria ser o mais importante papel dentro de uma sociedade criativa, sensata, justa, nenhum pré-requisito é exigido, e mesmo a falta de experiência é bem vista, uma vez que nunca é combatida. Experiência em criar, não se resume ao saber cuidar, nutrir o bebê, falamos aqui de educação, não de cuidados físicos. Cuidar fisicamente a sociedade sabe fazer bem, pelo menos possui os recursos para isso. Antes de começar, o educador deve perguntar a si mesmo, o que para ele é ensino. Será ensino para ele a aplicação das matérias tradicionais, padrões da grade curricular de qualquer instituição, conforme determina a regra já exaustivamente praticada ao longo dos anos? Tem ele a intenção de ajustar a criança, fazê-la pensar e agir conforme todos da sociedade, que não funciona, já o fazem? Isto é, condicioná-la para se tornar mais uma engrenagem da gigantesca máquina social, pronta a seguir o pensamento corrente, ou deseja torná-la independente, um questionador de todos estes falsos valores? Fazê-los compreender como devem examinar os valores e influências que estão em volta deles, que direcionam suas condutas, não exige que esse mesmo educador esteja também ciente desses fatos? Um analfabeto é capaz de ensinar outro a ler? Se estamos limitados pelos nossos próprios problemas, e medos, como podemos ensinar estas crianças a resolver coisa semelhante? Assim, primeiro aprender, vivenciar, sentir pela própria experimentação, e só depois ensinar, não seria a coisa mais sensata e lógica? Se ele pretende apenas ensinar os jovens a passarem pelos exames de avaliação escolar, então o ensino tradicional já faz isso, basta seguir o roteiro. Nesse caso, nem educador, nem educando precisam pensar, ou questionar nada, basta serem capazes de imitar, e dessa capacidade, todos, já foram dotados de berço. Numa situação de tal natureza, qual o papel do educador, senão simplesmente informar aos seus educandos qual página dos seus livros devem abrir ou fechar? Devem se preparar então, pois logo, todos, sem exceção, serão substituídos por máquinas, por modernos computadores. Isso não tardará a acontecer, financeiramente, será mais vantajoso para as instituições, mais atraente para os jovens.
Para aconselhar sobre o medo, suas nuances e malefícios, primeiro deve o educador compreender como ele próprio se comporta diante da questão. Não sendo capaz de resolver seus medos, não poderá aconselhar seus educandos sobre o medo. Mas poderá ser sincero com eles e falar da sua própria fraqueza em relação ao medo. Isso criará entre ele e os alunos uma forte empatia, e uma vez que compartilha de seus temores e fraquezas com os mesmos, os alunos também se sentirão à vontade para fazer coisa semelhante. Um verdadeiro educador, jamais se colocará num pedestal da autoridade que sabe mais diante dos seus alunos. Afinal de contas, quem aprenderá a lidar com os alunos, estudará seus comportamentos para compreender suas disposições e preferências, quem, senão o educador? Então, quem está ensinando a quem? Se for educador por vocação, ficará grato por lhe ser permitido aprender com seus educandos. Um educador primeiro aprende, depois ajuda seus educandos a encontrar a melhor solução, respeitando os limites individuais de cada um deles.
Falar dos próprios limites aos alunos, constitui um dos mais elevados níveis de auto-aprendizado. Os benefícios são tantos, para os dois lados, que é impossível falar sobre o assunto em poucas linhas. Os alunos incutirão forte empatia e respeito pelo mestre, que como eles, também é imperfeito, e não nega isso. Eles também se sentirão à vontade para expressarem suas fraquezas, e limitações, e mais profundas dúvidas existenciais. Deve, no entanto, o mestre, resguardar-se de comentários que o possam colocar em situações embaraçosas, ou perderá o respeito. Falar demais nunca é bom, falar o necessário é a melhor política. Para criar em sala de aula um clima de respeito, seriedade, deverá o educador ficar atento às suas promessas, que devem ser cumpridas na íntegra. Agindo assim, ele poderá cobrar dos seus educandos. Explicar aos alunos o porquê de cada coisa, isso inclui as falhas pessoais, ou o não cumprimento de uma promessa, ajuda-os a criarem a necessária coragem, para compartilharem dos seus próprios dilemas individuais, e dúvidas. Conselho em demasia, tem o mesmo valor que qualquer coisa que recebemos em excesso; faz mal, cansa, torna-se coisa sem valor. Num momento crítico, as críticas e ressalvas mais prejudicam que ajudam. Alguém que está se afogando, precisa de alguém que lhe estenda a mão, não de alguém disposto a lhe passar um sermão. Passada a crise, uma conversa franca, interessada, questionando tudo que estava envolvido, de forma discreta, ordenada, será coisa bem vinda. Sendo o aluno ou filho arredio, encontrar um momento adequado, cuidando de não deixar a ocasião se distanciar muito do ocorrido, é essencial. Deixar passar o momento, é desprezar uma excelente oportunidade de aprendizado, para as duas partes.
Fonte: Jon Talber


Educação